28 de janeiro de 2012

ponto sufridoso

o sufrimento visto por hortensia fernández

o ponto sufridoso nom é possível sem dor. o fio, de la algodom seda, tanto tem, precisa de tanta tensom para que dê um bom fim, que acaba por machucar os dedos que o trabalham. quando nom os lacera. por vezes, acabas por nom sentir as mãos, depois duma tarde de labor.
este ponto há que diz que é básico para a elaboraçom dos tecidos, mas na realidade, sempre há outros alternativos que nom torturam o corpo da que ganduja.
a resistência ao sufrimento é algo que ás mulheres nos é suposta. e nom deixa de ser certo se atendemos à história que nos precede e à realidade que nos envolta. certo é que som milhões as pessoas que no mundo sofrem, mas também é certo que há sufrires que só afectam ás mulheres ou que a elas afectam exponencialmente:
  • os maus tratos e a violência de gênero
  • o asédio sexual
  • a tranformaçom do lar num cárcere
  • a mutilaçom de órgãos sexuais
  • o distinto valor da nossa palavra perante a lei
  • os casamentos obrigados mediante dote
  • a obriga social de parir ou abortar (aseghum a moralidade do concebimento)
  • a discriminaçom e remuneraçom desigual no trabalho
  • ...

as estatísticas indicam que uma de cada três mulheres seremos vítimas da violência quando menos uma vez na vida: disso fala o ponto sufridoso.

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nom há pontada sem fio